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  • 07/03/2018 10:41
  • Jorge Avancini

VITÓRIAS, DERROTAS E QUADRO SOCIAL

Por Jorge Avancini

 

Na última década, palestrando ou participando de eventos de Gestão Esportiva, uma pergunta quase sempre se repetia quando o tema abordado era quadro social: “Qual a influência do resultado de campo no aumento do número de associações?”

 

Quando era dirigida a mim, a resposta era sempre a mesma: toda.

 

O Cruzeiro, neste início de temporada, corrobora minha teoria.

 

O clube mineiro contratou grandes estrelas e, a cada partida no Mineirão, tem promovido diversas ações de pré-jogo. Com as vitórias e os craques, tem observado grande presença de público a cada jogo.

 

Também posso citar outros dois exemplos que vivenciei.

 

Em setembro de 2015, no Bahia, fizemos o lançamento do novo plano de sócios. Esse lançamento ocorreu duas semanas antes de um Ba-Vi importantíssimo, pela Série B.

 

Nos dias que antecederam o clássico, e com uma boa performance do time em outros jogos, os torcedores associaram-se maciçamente. Isso nos possibilitou sair dos 3,5 mil sócios contabilizados até então para mais de 5 mil.

 

Lamentavelmente, o Bahia perdeu para seu arquirrival - e, para complicar, não se classificou para a Série A de 2016. Com isso, o plano de sócios patinou, com crescimento muito pequeno.

 

Importante ressaltar, também, que em 2016 o Bahia viveu altos e baixos. Nem mesmo acesso à Séria A, que se concretizou em dezembro daquele ano, motivou os torcedores a se associarem.

 

Já em 2017, com a chegada às semifinais e finais da Copa do Nordeste - torneio que acabou sendo conquistado pelo clube -, o quadro social, que em abril era de aproximadamente 11 mil sócios, saltou para mais de 15 mil. Tudo porque o time levantou a taça regional.

 

Fato parecido aconteceu aqui no Sul, com o Internacional, por onde também passei.

 

O período de maior crescimento do quadro social foi registrado em 2007, quando o clube já contava com 45 mil associados, em função do Mundial de 2016. Depois, chegamos a mais de 100 mil sócios no ano do centenário, em 2009 - lembrando que este foi um período em que o Colorado ganhou praticamente todas as competições das quais participou.

 

Cases como esses corroboram minha teoria – sem falsa modéstia. E é por isso que concordo com o aforismo do ex-presidente da Federação Gaúcha de Futebol Emídio Perondi: “Jogo bom é igual a estádio cheio; jogo ruim é igual a estádio vazio". 

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